Sueca teve que comprovar seu gênero mostrando órgão genital

Autor:

geraldo

Atualização:

ago 11, 2023

Atleta sueca teve que comprovar seu gênero mostrando órgão genital. Na sua autobiografia, a jogadora sueca de futebol Nilla Fischer, 39 anos, contou que ela e suas colegas tiveram que exibir seus órgãos genitais a um médico durante a Copa do Mundo Feminina de 2011 na Alemanha, como forma de comprovação de que eram mulheres.

A defensora do Linköpings, equipe do sul sueco, recordou os testes de gênero feitos durante o campeonato na Alemanha, liderados por um fisioterapeuta. Estes exames, que ocorreram após reclamações da Nigéria, África do Sul e Gana sobre a equipe da Guiné Equatorial supostamente ter homens, foram descritos como “degradantes e vexatórios”.

“Fomos orientadas a não depilar a região íntima e que mostraríamos essa área ao médico”, disse a jogadora. “Nos questionamos: ‘Por que precisamos passar por isso? Não há outras formas de confirmar o gênero? Devemos negar? Mas ninguém queria perder a chance de jogar a Copa”, refletiu.

Desde 2011, a Fifa estabeleceu políticas de gênero, exigindo que as equipes confirmem que suas jogadoras são do “gênero correto” para competir.

Nilla Fischer representou a Suécia nos Mundiais de 2007, 2011, 2015 e 2019, e nas Olimpíadas de 2008, 2012 e 2016, ganhando prata no Rio. Ela não participou da Copa deste ano na Austrália e Nova Zelândia, pois se retirou da seleção sueca no ano anterior.

Alfinetada em Pia

Medalhista de prata nas Olimpíadas do Rio 2016 sob a liderança de Pia Sundhage, a defensora Nilla Fischer expressou críticas à atual treinadora da seleção brasileira em sua biografia intitulada ‘Jag sa inte ens hälften’ (traduzido como ‘Eu não contei nem a metade’).

Lançado em junho na Suécia, o livro apresenta a perspectiva de Fischer sobre certos momentos de sua carreira e sua relação com a técnica que dirige o Brasil na Copa do Mundo na Austrália e Nova Zelândia.

Dentre as críticas, Fischer menciona a volatilidade emocional de Pia, seus métodos de liderança pouco ortodoxos e a acusa de promover uma festa durante um torneio crucial.

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