Recorde de público na história do futebol

A verdade é uma só, nunca se saberá com precisão qual o recorde de público da seleção do Brasil – e da história do futebol. No entanto o duelo final da Copa do Mundo de 1950, é um evento único no Maracanã. Assim sua real dimensão permanecerá apenas na imaginação de cada amante do futebol. Portanto estima-se que mais de 200 mil pessoas se espremeram nas arquibancadas, em uma tarde na qual muitos entraram sem ingresso para ver a decepcionante derrota pelo Uruguai por 2 a 1.

Por outro lado o total de pagantes, o registro de público da história do futebol foi em outra ocasião. Quase 20 anos depois, o Maracanã registrou uma multidão exorbitante para um jogo que, se não teve o peso de uma decisão de Copa do Mundo. No entanto seria fator chave na caminhada da Seleção brasileira rumo ao tricampeonato mundial. Em 31 de agosto de 1969, as catracas do estádio registraram exatas 183.341 vezes para lotar as arquibancadas. Por fim, a Seleção recebeu o Paraguai em seu último duelo pelas eliminatórias e ganhou a classificação graças à vitória por 1 a 0, vencido com gol de Pelé.

 

Recorde de público no Maracanã Brasil x Paraguai

Todavia os registros da época falam até mesmo que, entre os presentes, mais de 200 mil foram ao Maracanã. Assim a renda pela primeira vez ultrapassou a marca de 1 bilhão de cruzeiros. E isso porque 8 mil rendimentos da geral “ sobraram ”, devido a uma confusão de vendas antes do início da partida. Por outro lado a massa de 1969 superava outro público esmagador do Brasil na década de 1950. Portanto em 1954, também em confronto com o Paraguai pelas eliminatórias da Copa, a multidão presente chegou aos 195 mil. Embora o total de pagantes fosse de “apenas” 174 mil – contra 173 mil de 1950. Acredito que jamais essas maracas serão batidas.

João Saldanha transpirou uma confiança rochosa depois da partida, em entrevista com os jornalistas: “Vi o jogo com a maior tranquilidade. Espero ter vencido por mais. O Paraguai não deu o menor susto e, no segundo tempo, o Félix poderia ter jogado com roupa branca de primeira comunhão. No intervalo conversei com os jogadores, a tranquilidade era geral. E não era para menos. O gol aconteceria. Era só uma questão de paciência. E, se não saísse, não teria a mínima importância. A nossa classificação estava assegurada. O time jogou muito bem e eu estou satisfeito. Se falta algo? Uma coisa só, ganhe uma Copa do Mundo.”.

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