Central Sport Club
Fundação
O Central Sport Club foi fundado em 15 de junho de 1919, às 13 horas, na Sociedade Musical Comercial Caruaruense, com o Sr. Francisco Porto de Oliveira como representante. Contudo na primeira reunião, foram eleitos os cargos de presidente, vice-presidente, secretários, tesoureiros, orador e diretor de esportes. Assim “Ata de fundação” registrou uma joia de 2.000 réis e 500 réis de mensalidade.
Portanto o nome do clube foi sugerido por Severino Bezerra, homenageando a Estrada Central de Ferro de Pernambuco, que cortava Caruaru na direção do Sertão. As cores preto e branco foram escolhidas por causa do símbolo do clube, a patativa, pássaro de canto harmonioso, segundo o Professor José Florêncio Neto.
No início, o Central disputava apenas jogos amistosos, mas revelou grandes jogadores, como Machadinho, Zuza, Teonilo, Pedro, Rochura, Joaquim, Alemão e Tutu.
Início do Profissional
Em 1936, o Vasco da Gama visitou Caruaru para um amistoso contra o Central. O time do Rio de Janeiro enfrentou dificuldades para vencer o Central por 1 a 0. Mas os jogadores do Central chegaram a empatar com um gol de Tutu, mas o árbitro anulou o gol de forma equivocada.
No ano seguinte, em 1937, o Central finalmente ingressou no campeonato estadual de futebol de Pernambuco e se tornou o primeiro time do interior do estado a participar da competição. Entretanto, devido a erros de arbitragem, a diretoria do Central retirou a equipe do torneio naquele mesmo ano. O Central então se filiou à Liga Esportiva Caruaruense e venceu os títulos de 1942, 1945, 1948, 1951/52, 1954 e 1958. Assim em 1951, a equipe conseguiu uma vitória histórica sobre o Jocaru por 23 a 0, com Milton marcando 11 gols e se tornando o artilheiro da partida.
O final da década de 1950 ficou marcado pela construção do Estádio Pedro Victor de Albuquerque. Entretanto o Central voltou a disputar o Campeonato Pernambucano da Primeira Divisão em 1960, graças ao apoio do presidente da Liga Desportiva Caruarense, Gercino Pereira Tabosa, e do presidente da FPF, Rubem Moreira da Silva. O time se tornou a quarta força do campeonato estadual, sendo o destaque do interior e o fiel da balança na competição.
Em 1964, sob o comando de um de seus maiores craques, Vadinho, o Central teve uma excelente campanha no Campeonato Pernambucano, especialmente no primeiro turno, com apenas uma derrota para o campeão Náutico Capibaribe na cidade do Recife. Com isso Central terminou o campeonato em terceiro lugar, o melhor resultado de um time do interior de Pernambuco na história da competição.
Torneio Gercino Tabosa
Em 1965, o Central Sport Club sagrou-se campeão do Torneio Gercino Tabosa de forma invicta, garantindo o título ao empatar com o Santa Cruz por 1 a 1 no Estádio Pedro Victor de Albuquerque. A competição contou com a participação do Confiança, campeão sergipano daquele ano, e do Capelense, vice-campeão alagoano.
Em um dia histórico para o clube, em 4 de fevereiro de 1968, o Central derrotou a Seleção Argentina de Novos (hoje conhecida como seleção pré-olímpica) em uma partida memorável.
Já em 1972, o Central Sport Club estreou na Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, alcançando o primeiro lugar empatado no grupo, mas não conseguiu avançar para a fase final devido aos critérios de desempate.
Subida à elite do futebol brasileiro
Em 1980, a reconstrução do Estádio Pedro Victor de Albuquerque, atualmente conhecido como Lacerdão, foi finalizada. O Central Sport Club inaugurou o novo estádio em 19 de outubro do mesmo ano com uma vitória de 3 a 1 sobre a Seleção Nigeriana de Futebol. No entanto, Gil Mineiro, jogador do Central, marcou o primeiro gol após a reconstrução.
Durante os anos 80, especialmente em 1983 e 1986, o Central se tornou um forte concorrente no Campeonato Pernambucano, competindo ponto a ponto com Sport, Santa Cruz e Náutico.
Em 1986, o Central Sport Club conquistou sua maior glória ao vencer o Grupo F do Torneio Paralelo em uma emocionante disputa com o Americano, garantindo assim acesso imediato à fase final do certame, a Série A, juntamente com Flamengo, Grêmio, Fluminense, entre outros. Embora o Torneio Paralelo não seja reconhecido pela CBF como Série B, o Central reivindica o título como tal, dividido com Treze, Inter de Limeira e Criciúma. Com isso nesse mesmo ano, em 22 de outubro, o Central bateu o recorde de público do interior de Pernambuco com 24.450 espectadores presentes na vitória por 2 a 1 contra o Flamengo na fase final da competição.
O Central continuou a ter boas campanhas na Série B do Campeonato Brasileiro até 1995, quando surgiu uma nova oportunidade de acesso à primeira divisão. Após uma campanha brilhante, o Central chegou à fase final do certame em conjunto com Athletico Paranaense, Curitiba e Mogi Mirim. No quadrangular mais disputado da Série B, o Atlético Paranaense e o Coritiba ascenderam, frustrando o sonho alvinegro patativa de retornar à primeira divisão.
Campanhas irregulares
No final dos anos 90, a equipe do Central passou por uma série de administrações fracassadas que resultaram no rebaixamento tanto do Campeonato Pernambucano da Primeira Divisão quanto da Série “B” do Campeonato Brasileiro.
No entanto, a equipe conseguiu se reerguer e voltar a ocupar um lugar de destaque em Pernambuco. Em 1999, venceu o Campeonato Pernambucano da Série A2 e retornou à primeira divisão estadual. Assim nos anos seguintes, venceu a Copa Pernambuco em 2001 e a Copa Governador Jarbas Vasconcelos em 2002.
Entretanto depois de brilhantes campanhas no Campeonato Pernambucano de 2007 e 2008, o Central conseguiu uma vaga na Copa do Brasil e eliminou equipes como Remo-PA e Ceará, enfrentando grandes clubes como Palmeiras e Vasco da Gama.
Em 2011, o Central entrou para a história ao se tornar o primeiro clube do interior a vencer um turno do Campeonato Pernambucano, repetindo o feito em 2015 ao conquistar a Taça Governador Eduardo Campos.
Em 2018, a equipe alcançou a final do Campeonato Pernambucano pela primeira vez após vencer o Sport na semifinal. Embora tenha perdido o título para o Náutico, o Central mostrou sua força e competitividade em campo.
Estádio Luiz José de Lacerda
Em suma o Lacerdão é o estádio do Central, localizado em Caruaru, Pernambuco, com mais de sete décadas de existência. No entanto Ele foi originalmente usado pelo clube na primeira metade do século XX, quando ainda era um campo de futebol amador. Contudo o estádio teve diferentes denominações ao longo do tempo, começando como Central Park e depois sendo chamado de Pedro Victor de Albuquerque durante muitos anos. O nome atual foi dado em homenagem a Luiz José Lacerda, empresário que teve um papel importante na ampliação do estádio no final dos anos 70 e início dos anos 80.
A inauguração após a expansão ocorreu em 19 de outubro de 1980, com o Central vencendo a Seleção Nigeriana por 3 a 1. Gil Mineiro, que jogava pelo Central Sport Club na época, marcou o primeiro gol do jogo.
Com capacidade para aproximadamente 20.000 pessoas, o Lacerdão é o maior estádio particular do interior do Norte/Nordeste e o quarto maior em Pernambuco, perdendo apenas para a Ilha do Retiro (estádio do Sport), a Arena Pernambuco e o Arruda (estádio do Santa Cruz). Ao longo dos anos, o estádio já sediou jogos do Central contra diversas seleções e clubes, incluindo a Seleção Principal da Nigéria, a Seleção de Novos da Argentina (agora conhecida como seleção pré-olímpica) e equipes campeãs brasileiras, como Flamengo-RJ, Fluminense-RJ, Vasco-RJ, Grêmio-RS, Atlético-PR, Coritiba-PR, Guarani-SP e Palmeiras-SP.
Recorde de público
Na história de Caruaru, registra-se que uma multidão de 24.450 pessoas compareceu ao estádio Lacerdão para assistir à vitória do Central por 2 a 1 contra o Flamengo-RJ, em uma partida disputada pelo Campeonato Brasileiro da mesma temporada.
Símbolos
No entanto, os símbolos do Central incluem um mascote representado por uma patativa, que se tornou associado ao clube devido à presença frequente desses pássaros nas árvores próximas ao campo onde o time treinava nos primeiros anos de sua história. Assim acredita-se que as patativas assistiam aos jogos do Central, tornando-se assim um emblema importante do clube.
Escudo: As cores preto e branco, provenientes da patativa, sempre foram mantidas no escudo do Central, embora tenha passado por algumas variações ao longo dos anos. Portanto nos últimos 40 anos, houve mudanças mínimas, com a inclusão da mascote, o nome do time e listras verticais nas cores brancas e negras.
Hino: Durante sua história, o Central Sport Club teve três hinos oficiais. O primeiro foi composto em 1921 por Yêdo Silva, mas infelizmente não há registro da letra ou partitura. Assim o segundo hino foi criado pelo ex-jogador do clube, José Florêncio Neto, também conhecido como Professor Machadinho, em 1968. Enfim o terceiro e atual hino, utilizado até hoje, foi composto por Israel Filho em 1995.
Títulos
REGIONAIS
Competição Títulos Temporadas
Brazil Region Nordeste.svg Torneio Gercino Barbosa 1 1965
ESTADUAIS
Competição Títulos Temporadas
Copa Governador Jarbas Vasconcelos 1 2002
Copa Pernambuco 1 2001
Campeonato Pernambucano – Série A2 2 1999 e 2022
Torneio Augusto Lucena (Torneio Incentivo da FPF) 3 1973, 1974 e 1975Torneio Início de Pernambuco 1 1973
MUNICIPAIS
Competição Títulos Temporadas
Bandeira de Caruaru.jpg Liga Esportiva Caruaruense 9 1942Cscr-featured.png, 1943, 1944, 1945, 1948, 1951Cscr-featured.png, 1952, 1953 e 1958
Outros torneios
BrasilTorneio Qualificatório do Campeonato Brasileiro Série B 1994 – Zona Pernambuco: 1 (1993Cscr-featured.png)
Categorias de Base
Sub-20 (Júnior)
Pernambuco Campeonato Pernambucano de Juniores: 1 (1983)
Pernambuco Torneio Início de Pernambuco – Júnior: 2 (1964 e 1974)
Bandeira de Caruaru.jpg Liga Desportiva Caruaruense – 2º divisão: 1 (2001).
Cscr-featured.png Campeão invicto
Sub-17 (Juvenil)
Pernambuco Campeonato Pernambucano Juvenil: 1 (1983)
Copa Esperança-Sub-17 (2002)
Futsal pictogram.svg Futsal
Pernambuco Campeonato Pernambucano Adulto – 2013
Pernambuco Copa Pernambuco Adulto – 2014.
Futebol feminino
Coat of arms of Recife.svg Copa Vivo dos Campeões (Aberto Feminino) – 2011Campanhas de destaque
Nacionais
Ncional 4ª colocado no Campeonato Brasileiro Série B: 1995
Brasil 5ª colocado no Campeonato Brasileiro Série B: 1983
Nacional 7ª colocado no Campeonato Brasileiro Série B: 1984
Brasil 8ª colocado no Campeonato Brasileiro Série B: 1985
Brasil 8ª colocado na Copa João Havelange – Módulos Verde e Branco: 2000
Regionais
Brasil Nordeste maploc.png Vice-campeão da Taça Henrique Jacques: 1 (1965)
Estaduais
Vice-campeão do Campeonato Pernambucano: 2 (2007 e 2018)
3º colocado no Campeonato Pernambucano de Futebol: 3 (1964, 1986 e 2008)
4º colocado no Campeonato Pernambucano de Futebol: 27 (1961, 1962, 1963, 1966, 1967, 1968, 1969, 1970, 1971, 1972, 1975, 1976, 1977, 1979, 1980, 1981, 1982, 1983, 1984, 1985, 1987, 1989, 1990, 1993, 2001, 2002 e 2010)
Vice-campeão da Copa Pernambuco: 3 (1996, 1999 e 2009)
Pernambuco Vice-campeão – Série A2: 1 (2005).
Segundo colocado Torneio Incentivo da FPF: 2 (1976 e 1977)
Pernambuco Vice-campeão do Torneio Início de Pernambuco: 1 (1978)
Pernambuco 3º colocado no Torneio Cidade do Recife: 1 (1971)
Segundo colocadodo Campeonato Pernambucano Júnior: 1 (1965)
Futsal pictogram.svg Futsal
Brasil 3ª colocado na Taça Brasil de Futsal: 2014
Brazil Region Nordeste.svg 3ª colocado na Taça Nordeste de Futsal: 2014
Estatísticas
Participações
Participações em 2022
Competição Temporadas Melhor campanha Estreia Última P Aumento R Baixa
Pernambuco Campeonato Pernambucano 60 Vice-campeão (2007 e 2018) 1937 2023 3
Série A2 3 Campeão (1999 e 2022) 1999 2022 3
Brasil Campeonato Brasileiro 2 33º colocado (1986) 1979 1986
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