Manipulação de Resultados no Futebol: Decisões do STJD

A integridade do esporte é um pilar fundamental para a credibilidade das competições e a confiança dos torcedores. Recentemente, o futebol brasileiro foi abalado por alegações de manipulação de resultados, levando a 2ª Comissão Disciplinar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) a intervir e tomar medidas drásticas.

Em um julgamento que chamou a atenção da mídia e dos amantes do futebol, nove jogadores foram punidos por envolvimento em manipulação de resultados durante o ano de 2022. As penalidades, determinadas após análise cuidadosa dos auditores da primeira instância da Justiça Desportiva, variaram entre 360 e 720 dias de suspensão.

A base para essas ações punitivas foi uma série de evidências coletadas pelo Ministério Público de Goiás. A Operação Penalidade Máxima, como foi nomeada, revelou práticas questionáveis e comprometedoras no cenário esportivo. Um dos momentos mais impactantes do julgamento foi quando Alef Manga, ex-atacante do Coritiba, confessou sua participação no esquema. Em um gesto de remorso, Manga comprometeu-se a devolver os R$ 45 mil que havia recebido dos manipuladores.

Iuri Engel Francescutti, o auditor responsável por relatar o caso, não poupou palavras ao destacar a seriedade da manipulação de resultados, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Ele enfatizou a necessidade de enfrentar esse problema com determinação e rigor, garantindo que o STJD permanecerá vigilante e não tolerará tais práticas.

Jogadores absolvidos

Por outro lado, houve um sinal de esperança e justiça quando três jogadores – Sidcley, Jesus Trindade e Pedrinho – foram absolvidos de todas as acusações. Carlos Eduardo Pontes Lopes Cardoso, presidente da 2ª Comissão Disciplinar do STJD, reforçou a missão do tribunal de proteger a integridade do esporte e a paixão que os torcedores têm pelo futebol.

A lista de jogadores punidos serve como um lembrete sombrio das tentações que podem surgir no mundo do esporte e da necessidade de vigilância constante. É essencial que todos os envolvidos no esporte – desde jogadores e treinadores até dirigentes e torcedores – trabalhem juntos para garantir que o futebol permaneça um jogo limpo, jogado com paixão e integridade.

Jogadores Punidos Manipulação de Resultados:

• Nino Paraíba, jogador do Paysandu-PA, foi sancionado com 480 dias e uma multa de R$ 40 mil conforme o artigo 243, com o artigo 191, III sendo considerado na decisão.
• Bryan, ex-jogador do Athletico Paranaense-PR, recebeu uma punição de 360 dias e uma multa de R$ 30 mil sob o artigo 243, com o artigo 191, III incluído.
• Diego, representante do Desportivo Aliança-AL, foi penalizado com 360 dias e R$ 30 mil de acordo com o artigo 243, e uma multa adicional de R$ 40 mil pelo artigo 191, III após reclassificação do artigo 242.
• Alef Manga, do Coritiba-PR, foi sancionado com 360 dias e uma multa de R$ 30 mil conforme o artigo 243, incluindo o artigo 191, III.
• Vitor Mendes, do Atlético Mineiro-MG, recebeu 430 dias de punição e R$ 40 mil de multa sob o artigo 243, com o artigo 191, III considerado.
• Sávio Alves, ex-integrante do Goiás-GO, foi penalizado com 360 dias e R$ 30 mil de acordo com o artigo 243, com inclusão do artigo 191, III.
• Thonny Anderson, do ABC-RN, foi multado em R$ 40 mil conforme o artigo 191, III.
• Dadá Belmonte, jogador do América-MG, recebeu uma sanção de 720 dias e R$ 70 mil sob o artigo 243, com o artigo 191, III incluído.
• Igor Cárius, do Sport-PE, foi penalizado com 540 dias e uma multa de R$ 50 mil de acordo com o artigo 243, considerando também o artigo 191, III.

 

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